quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A arte de representar Castilho Damião Artesão


LENARA MOTA

Dos calçados, “seo” Joel Damião dos Santos, 60, partiu para o ramo do artesanato em 1997. Até hoje na cidade no município ele é o único artesão que retrata nas esculturas e objetos de decoração o Paraíso do Pescador.
“Quando pequeno criava os próprios brinquedos, pois eu sempre gostei de artesanato. Aos poucos fui inserindo as peças na minha antiga loja de sapatos, Jodasa Calçados, até montar mesmo o ateliê”, relembra o artesão.
Devido a facilidade no manuseio da madeira, Damião achou que era a hora de fazer aquilo que gostava, alem de retratar o município. “Na época não havia ninguém, que retratasse Castilho, e como Castilho estava a caminho de ser uma cidade turística, aproveitei a minha habilidade e investi”, conta.
De acordo com o artesão, embora hoje ela saiba fazer grandes decorações, o começo a habilidade ainda não estava lapidada. “Foram muitos anos praticando, errando e concertando. Mesmo não tendo nenhum curso especifico na área, já participei de diversas amostras de arte, com meus trabalhos”, diz ele, mostrando um acervo de ofícios dos eventos o qual participou.
Dentre as exposições, Damião já exibiu seus trabalhos no Festival de Cultura Paulista Tradicional, no Parque das Águas em São Paulo, no de 2001. Além disso, ele revela que boa parte das madeiras que ele trabalha, são de móveis velhos, materiais de construção. “Trabalho com o reaproveitamento, apenas quando o a criação é muito grande eu compro a madeira nos depósitos”, explica.
Segundo ele, cada madeira apresenta uma dificuldade a se trabalhar, bem como a Angelim Pedra, “que é muito mais grossa que as demais”.
Outra curiosidade do artesão é que antes mesmo de se encontrar na profissão, e ter trabalhado como vendedor de calçados, Damião teve outros empregos que as pessoas desconhecem como apontador de máquina, sapateiro, almoxarife, desenhista de arquitetura e fiscal de Obras.
Damião além de comercializar aos turistas a arte que a cidade proporciona como lembrança, ele mostra que com pouco se faz muitas coisas. Pois á reportagem, ao perguntar sobre as ferramentas que ele utilizava, foram mostradas apenas três simples modelos de instrumentos, bem como uma lixa de madeira, um formão e uma goiva.
A arte do artesão não se limita apenas no município, suas peças se espalham também mundo a fora, como no Japão, Irlanda, França, Estados Unidos.

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